Se eu fosse feiticeira, contra mim estaria o feitiço.

Tenho perdido as palavras que antes habitavam em mim.
Um certo desapego parece ter corrompido minh´alma.
Já não mais difere-se alma de espírito, porém o último
ainda aparenta elevar-se quando sinto uma estranha proteção.
Não entendo a força de um mitológico arqueiro,
-És mesmo real infame entre os humanos?
Sei que tenho esquivado por muito tempo,
Inebriando-me em meio a feitiços e nevoeiros.
A curiosidade intrigante é a mesma que despertará discórdia entre irmãs.
Triste ambiguidade do destino.
Quão impossível é a tarefa de se desfazer?
Quão inútil é a tentativa de dar uma chance a razão?
Só por mais essa vez...
como é duro não poder te fazer viver, carícia plena e platônica, acalanto para o meu peito.

2 comentários:

  1. Ingênua frente à palavras inteligíveis. Amedronto-me com a possível fulgacidade dos sentimentos que, como já é sabido, outrora foram efêmeros.
    A falta de intimidade desmente a afinidade.
    O fato de que tornei-me um mistério contradiz a abertura singela e irrestrita do meu coração.
    Me ajude a entender; qual é mesmo o enigma que querias desvendar?
    Já não sei se devo tornar-me cristalina ou sanar a curiosidade alheia que não me comprimenta, seria justo? Creio que eu nada atrairia se fosse qualquer coisa diferente de algo que você não conhece.

    Como foi tênui a linha entre o platônico e o indiferente.

    Nossa... que pressa neh?

    ResponderExcluir
  2. Maico Fernando Costa.29 de agosto de 2009 às 10:03

    Belas palavras.! Apesar de triste idéia.

    Por que ir pela razão se com o coração é melhor e mais fácil.?

    Por que continuar pensando e vivendo no "se".? Por que não apenas viver.?

    Belas palavras.!

    ResponderExcluir